Ordem e progresso ou Fome e Regresso?

Tainá Zaneti - Maslow em sua piramide de necessidades, tem como base as necessidades fisiólogicas. Dentro dessas necessidades estão: excressão, descanso e alimentação, é claro! Ele afirmava que sem o suprimento dessas necessidades o individuo seria incapaz de realizar suas atividades cotidianas. No Brasil, temos 32 milhões de individuos que passam fome e que vivem em condição de insegurança alimentar e, consequentemente, tem dificuldade de trabalhar, estudar e se desenvolver social e economicamente. Considerando programas do governo como o PAC, que visa a aceleração do crescimento, principalmente, economico do país, percebe-se que problemas como a fome e a falta de educação não recebem a devida importancia. A questão é: como se quer desenvolver economicamente um país onde grande parte da população não tem o que comer? Antes de existir economia, existe a espécie humana! E esta é que deveria receber prioridade de desenvolvimento! Se a massa populacional não tem o que comer ou come de forma erronia e escassa, não há desenvolvimento correto do cerebro e de suas funcionalidades. A falta de nutrientes nas diferentes etapas da vida, gera no ser humano problemas de raciocionio, desenvolvimento pscicomotor, desenvolvimento da personalidade e dificuldade na aprendizagem. Ou seja, uma nação que não come, é uma nação burra! E uma nação burra é facilmente manipulada. Na situação democrática em que vivemos, é muito perigoso ser moldável, pois utilizando o discurso certo, muitos políticos corruptos levam o país para o caminho que querem.

O primeiro passo para desenvolvermos o Brasil de forma concreta é atingindo segurança alimentar, consolidando um planejamento da produção agricola no país, para que se respeite a biodiversidade alimentar, dando oportunidade para os pequenos produtores e suas culturas. Produzir os alimento em quantidade e qualidade suficientes para abastecer o país. Além disso, é preciso que se monte um plano de logística para a distribuição correta e justa dos alimentos. Acabar com o fome, tendo em vista que temos excedente de produção e desperdicio absurdo de alimentos, é uma decisão política. Temos que pensar em soluções legais e estratégicas para viabilizar a alimentação dos brasileiros e assim desenvolver o país pelo o que o torna um país: O povo brasileiro!