Quantas vezes você já foi ao supermercado procurando araticum e não encontrou? Ou já chegou ao supermercado e encontrou Cajá em meio às maçãs e peras? A dificuldade de encontrar frutos do cerrado em supermercados que são, de fato, os meios mais acessíveis de compra para a maioria da população, torna muito difícil a aquisição desses ingredientes. Inovações tecnologias incluídas no processamento dos frutos já estão sendo feitas. Os frutos estão sendo processados em forma de geléia e doces, a fim de aumentar seu tempo de prateleira e alcançar mais espaço no mercado. A falta de conhecimento e divulgação, porém, fazem com que frutas como a banana, pêra, maçã e uva sempre ganhem espaço no carrinho. Isso é fruto de um mercado que se organizou para diminuir cada vez mais a diversidade de frutas e produtos. Se você não for a feira, ou contatar cooperativas como a Central do Cerrado, dificilmente você encontrará os insumos necessários para fazer um pé-de-moleque de Baru, um bolo de farinha de jatobá ou traíra frita no óleo de pequi. É preciso, então, que a demanda pelos frutos do cerrado faça pressão frente as redes de abastecimento para que o cerrado possa ter um espaço de mercado sólido, para que não seja uma moda ou um consumo esporádico dos compradores, mas sim um componente presente nos hábitos alimentares dos habitantes do cerrado.
14.5.10
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário