Bem, a viagem começou cansativa ainda mais com o trânsito pesado logo na chegada. Minha namorada Clarice e eu nos hospedamos na casa de sua irmã cantora Ligiana e decidimos jantar bem logo na primeira noite. Fomos ao famoso Jardim di Napoli em Higienópolis e pedi o Polpettone. Claro, é o carro chefe da casa que funciona desde 1949, o prato é criação do próprio restaurante. Simplesmente divino, ponto de cocção exato, suculento, o queijo derretido fazendo um fio e o molho de tomate perfeitamente simples como deve ser. Imperdível.
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Sempre fui a Sampa sem muito tempo ou roteiro definido, mas dessa vez queria conhecer melhor os arredores do centro e principalmente a Liberdade. Passamos dois dias batendo perna, entrando em lojinhas lotadas de gente, pois domingo é dia de “feirinha” e o bairro fica lotado. Infelizmente a baixa gastronomia não é mais a mesma, comer na feirinha não vale muito a pena, os preços são quase iguais ao dos restaurantes e a fila é de matar. Melhor comer num lugar modesto, mas com lugar para sentar. No primeiro dia fomos ao Sendai e pedimos o Teishoku, prato japonês como um menu degustação que tem de tudo um pouco. Qualidade e preço compatíveis aos bons japoneses de Brasília.
Outra experiência japonesa foi o restaurante Hideki em Pinheiros. Comemos o Shabu Shabu, Similar ao Sukiaki, ambos são cozidos na mesa do cliente. Fácil de preparar e divertido de comer o prato é basicamente um caldo bem quente servido com vários legumes, verduras, cogumelos e carne fatiada (mais fina do que para sukiaki) crus à parte. Cada comensal pega o que preferir e cozinha no caldo chamado Dashi. Todo charme está nos molhos que são servidos em potinhos, é uma espécie de fondue japonês. O restaurante com decoração típica é realmente muito bom. Fico imaginando o tanto de japa suando na clandestinidade das cozinhas. O cardápio é enorme, vários tipos de peixe filetados com 15mm, não resisti e pedi o rodízio. E dizem que eles conseguem peixes diferentes porque é um lugar “mafioso”. Ótimo, pena que não estava num dia tão inspirado e repeti poucas vezes.
Bem, como foram muitos dias e vários lugares e pratos que vou dividir essa saga em duas partes. Para não ficar com tanta água na boca segue uma receitinha. Meshiagate Kudasai! Ou seja, "bom proveito"!
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Shabu Shabu
40g de alga kombu
1 acelga, cortada em pedaços grandes
1 maço de cebolinha, fatiado na diagonal
1 maço de espinafre desfolhado
1 pacotinho de broto de feijão
1 pacote de macarrão para udon pré cozido
1 tofu, cortado em cubos
2 canelas de alho-poró cortadas na diagonal
400g de shimeji ou shitake
4 cenouras cortadas em rodelas
650g de contra-filé fatiado tipo carpacio
Preparo:
Encha uma panela com água e hidrate a alga por vinte minutos, depois leve ao fogo e deixe cozinhar por dois minutos. Retire a alga e reserve. Arrume os outros ingredientes num prato grande e prepare o fogareiro com o caldo da alga (dashi). Cozinhe aos poucos o que desejar e passe no molho de gergelim. No final use o restante do caldo para comer o arroz japonês (gohan).
Existem vários tipos de molho que podem servir com o prato, vamos passar dois deles o sesame e o Ponzu.
Molho Sesame
50g de gergelim branco
25g de gergelin torrado
20ml de sakê mirin
5g de açúcar
10 ml de vinagre de arroz
30ml de molho de soja
2 dentes de alho picadinhos
100ml do caldo da alga (dashi)
Preparo:
Moa grosseiramente as sementes de gergelim e adicione o mirin aos poucos mexendo sempre. Junte o açúcar, o vinagre, o molho de soja, e o alho. Deixe mais líquido adicionando o dashi, sem parar de mexer.
Molho Ponzu
10ml de vinagre
20 ml de suco de limão
40ml de molho de soja
170ml de dashi
Misture os ingredientes num bowl e mexa bem.
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