27.5.10


Apesar de teoricamente estarmos no inverno, as temperaturas na capital do país não param de subir. Algumas chuvas passageiras, que não fizeram nada além de deixar o trânsito caótico, não melhoraram o calor intenso desse “inverno”. Para não sofrer tanto com mix de calor e umidade ultra baixa dicas como beber muita água e evitar exposição ao sol não são suficientes. O bom mesmo é se refrescar tomando um delicioso gelato de frutos do cerrado. O portfólio de sabores é enorme. Tem o tradicional pequi, jabuticaba, umbu, araticum, mangaba, entre muitos outros. A grande surpresa tem sido o sorvete de Baru, afinal o seu gosto é muito próximo com o de amendoim. Outra novidade muito refrescante é o sorvete de erva doce que harmoniza perfeitamente com o sorvete de pequi. Além dos sorvetes cremosos, há também a opção de sorbet (sorvete à base de água) e os práticos picolés (o de cajá, com seu azedinho característico, é irresistível!). Em Brasília, as sorveterias especializadas nesse tipo de produto estão distribuídas por vários pontos da cidade. As mais tradicionais são:
Frutos do Cerrado - SHC/SWCLSW 105, Setor Sudoeste.
Sorbê: 405 norte, Asa Norte.
Nata do Cerrado: 106 sul, Asa Sul.
Além de gostosos, essas sorveterias são baseadas na filosofia da preservação, manutenção e uso sustentavel do cerrado, a fim de criar uma rede de trabalho e colaboração entre produtores, pesquisadores e empresários do ramo da gastronomia. A Nata do Cerrado, por exemplo, tem uma filosofia de produzir um sorvete justo. Visando atingir o objetivo de “preservar o cerrado e garantir às populações regionais de produtores, residentes e domiciliadas nesta região de preservação do bioma, uma vida digna, mediante a comercialização dos seus produtos em condições e remuneração justas.”
Essa deliciosa opção de utilização dos frutos do cerrado contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias, para a manutenção dos produtores e coletores extrativistas dos frutos e para a conservação do nosso querido cerrado!

Torrone

  • 500g de amendoim torrado sem casca
  • 900g de açúcar
  • 100g de mel
  • 2 claras 
  • 280 ml de água
Fazer uma calda grossa com o açúcar, o meu e a água, até ponto de bala. 
Bater separadamente as claras em neve.
Despejar lentamente a calda sobre as claras em neve, bater bem.
Misturar o amendoim e continuar a bater até começar a açucarar.
Despejar sobre uma pedra (preferência mármore), untada com manteiga, e cortar em pedaços.

 

23.5.10

Para aprender e gostar!

ÚLTIMAS VAGAS!

O curso Sabores do Mediterrâneo está ofertando suas últimas vagas para a turma do dia 27 de maio na Escola de Gastronomia de Brasília.
Durante o cursos, os participantes terão a oportunidade de aprender sobre a cozinha do Mediterrâneo e alguns de seus mais belos pratos. Esta oportunidade de aprendizagem também oferece a degustação e o contato com seus sabores, cores e texturas.
Trata-se de uma viagem gastronômica que busca homenagear a cozinha de regiões como a Córsega, Sicília, Cataluña, Marrocos, Egito, Grécia, Israel e Turquia.
Para participar basta fazer sua inscrição pelo telefone ou por e-mail e no dia 27 contribuir com um quilo de alimento não perecível.

Serviço:
Investimento: R$ 80,00 e 1kg de alimento não perecível
Data: 27 de maioDas 20 h às 23h
Local: Escola de Gastronomia de Brasilia, 201 Sul.
Inscrições: (61) 9675-8092
cursos@chefadriano.com.br
http://paixaofogaoearte.blogspot.com

21.5.10

É dia de feira!



Ok! Tirando o fato de Brasília ser totalmente atípica, ainda podemos salvar resquícios do ótimo hábito de comprar em feiras e mercados. Claro que não encontramos fruteiras fartas nas esquinas (até porque Brasília não tem esquinas), nem quilômetros de barraquinhas com temperos, galinhas vivas e aquele alvoroço de gente gritando concentrado no centro da cidade, novamente porque Brasília não tem centro. Há, no entanto, feiras permanentes, como a feira do guará e a feira de Planaltina que recriam esse ambiente. Oferecem uma gama de produtos muito vasta que inclui pescados, temperos e frutas variadas que geralmente não encontramos nos supermercados. Além disso, há feiras de orgânicos aos sábados na 703 sul e 315 norte e as quartas na 112 sul, sempre pela manha. Há também uma imensa variedade de produtos no CEASA, onde se pode encontrar além de frutas, legumes, verduras e hortaliças, laticínios, geléias e frutos típicos do cerrado. Aos sábados, a EMATER oferece cursos de aproveitamento de alimentos. É muito interessante e delicioso. A função da feira vai além de abastecer e fornecer alimentos. A feira é um pólo onde concentramos culturas, relembramos nossas raízes e mesclamos receitas e ingredientes sob novos pontos de vista. Na feira, você e o produtor estabelecem uma ligação, sem intermediários, onde todos saem ganhando. O produtor ganha mais pois vende e recebe um preço justo pelo seu produto, porque não passa pela mao de intermediários que pagam um preço baixíssimo pela produção. O consumidor ganha em qualidade, em comprar produtos menos manipulados, mais frescos e mais baratos do que se comprasse em um supermercado. Ir a feira, é uma filosofia de vida, pois está relacionada a planejar a alimentação, acordar cedo, organizar a despensa. É tornar a alimentação um ato consciente e planejado. Vá a feira! Adote esse hábito! É melhor pro seu bolso, pra sua saúde, pras suas receitas e, de quebra, você ainda está ajudando na manutenção da cultura e no desenvolvimento social e econômico de pequenos produtores!

20.5.10

Guisado de moranga


Ingredientes
  • 500 g de carne suína picada
  • 500 g de moranga em cubos
  • 300 ml de óleo
  • 200 g de cebola picada
  • 2 dentes de alho picado
  • 100 g de tomate picado 
  • Sal e pimenta à gosto
Cozinhar os cubos de moranga, e deixar esfriar.
Refogar no óleo, a cebola, o alho e a carne. Temperar à gosto. 
Assim que a carne estiver bem refogada, acrescentar a moranga. Deixar cozinhar por 20 minutos.
Servir quente. 
Pode acompanhar arroz branco. 

15.5.10

Para Aprender e Gostar

3º Congresso Brasileiro de Gastronomia & 1º Simpósio Regional de Ciência e Tecnologia de Alimentos

O evento é organizado pelo Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília e pela Secretaria Executiva da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos do Distrito Federal (sbCTA-DF) e ocorrerá entre os dias 10 e 13 de agosto de 2010, na cidade de Brasília.

A gastronomia vem ganhando importância cada vez maior dentro da economia nacional, especialmente no que se relaciona ao setor turístico. No meio acadêmico, ela estabelece conexões com diversas ciências e exerce papel considerável na compreensão do homem, da vida em sociedade e dos códigos comportamentais e determinados contextos históricos. O estudo científico da alimentação abrange as perspectivas técnicas, históricas e regionais dos alimentos, desde a etapa da produção da matéria-prima, até o preparo e o consumo, acompanhando também os processos de fabricação, armazenamento, transporte, higienização e comercialização.

Com o tema “Alimentos: da alquimia à ciência”, o 3º Congresso Brasileiro de Gastronomia & 1º Simpósio Regional de Ciência e Tecnologia de Alimentos tem como objetivo fortalecer as relações entre a comunidade científica e empresas do setor, reunindo estudantes, pesquisadores e profissionais das diversas áreas relacionadas aos alimentos, oferecendo um espaço para a troca de conhecimentos, divulgação de pesquisas e produtos e valorizando os alimentos regionais da biodiversidade brasileira, em especial, do Cerrado.

Para saber mais o endereço é: http://gastronomiasbcta.com.br/


Um doce abraço

Rosy Vasconcelos



14.5.10

Oferta ou Demanda?






Quantas vezes você já foi ao supermercado procurando araticum e não encontrou? Ou já chegou ao supermercado e encontrou Cajá em meio às maçãs e peras? A dificuldade de encontrar frutos do cerrado em supermercados que são, de fato, os meios mais acessíveis de compra para a maioria da população, torna muito difícil a aquisição desses ingredientes. Inovações tecnologias incluídas no processamento dos frutos já estão sendo feitas. Os frutos estão sendo processados em forma de geléia e doces, a fim de aumentar seu tempo de prateleira e alcançar mais espaço no mercado. A falta de conhecimento e divulgação, porém, fazem com que frutas como a banana, pêra, maçã e uva sempre ganhem espaço no carrinho. Isso é fruto de um mercado que se organizou para diminuir cada vez mais a diversidade de frutas e produtos. Se você não for a feira, ou contatar cooperativas como a Central do Cerrado, dificilmente você encontrará os insumos necessários para fazer um pé-de-moleque de Baru, um bolo de farinha de jatobá ou traíra frita no óleo de pequi. É preciso, então, que a demanda pelos frutos do cerrado faça pressão frente as redes de abastecimento para que o cerrado possa ter um espaço de mercado sólido, para que não seja uma moda ou um consumo esporádico dos compradores, mas sim um componente presente nos hábitos alimentares dos habitantes do cerrado.

13.5.10

Maionese de pinhão e maçã

Ingredientes
  • 1 kg de batatas
  • 500 g de pinhão
  • 2 maçãs
  • 100 g de maionese
  • 30 g de Cebolinha picada
  • sal e pimenta a gosto

Cozinhar as batatas, descascar e deixar esfriar. Cortá-las em cubos.
Cozinhar o pinhão, descascá-los e triturá-los.
Descascar as maçãs e cortá-las em cubos.
Misturar as batatas, o pinhão, as maçãs e a cebolinha picadas, adicionar maionese e temperar a gosto.


11.5.10

Chef Adriano participa do 2º UCB Fest Gourmet

 
Ao lado das chefs Ana Toscano e Tamara Rolim, o Chef Adriano Vasconcelos participou do talk-show "Bate-papo com Sabor" promovido pelos alunos do segundo semestre do curso de Gastronomia da Universidade Católica de Brasília na segunda edição do festival gastronômico UCB Fest Gourmet.
Diante de uma platéia de alunos de Gastronomia, Nutrição e Comunicação Social o Chef falou sobre sua trajetória e sobre a culinária, a Gastronomia e o empreendedorismo na capital federal.
"A Universidade Católica está duplamente de parabéns por incentivar os alunos à promoção de eventos desta qualidade ao mesmo tempo em que valoriza e divulga a Gastronomia de Brasília", ressaltou o Chef.

9.5.10

Brigadeiro, brigadeiro, brigadeiro; é bonito, é faceiro e é solteiro

Hoje vou procurar responder a um e-mail do Mardem de Brasília que escreveu:
"Olá, procurei no site a receita do brigadeiro, mas não encontrei. O brigadeiro é uma das poucas coisas que consigo fazer na cozinha. Sei que é simples, mas apesar da simplicidade do doce, nem todos o fazem bem feito. Gostaria de ter dicas de como fazê-lo bem feito ou de como incrementá-lo. Também poderiam nos desvendar o mistério de como fazer o leite condensado. Por fim, notei que um dos objetivos do site é o resgate das raízes culturais e a proteção do patrimônio cultural. Sendo assim, seria bem interessante e oportuno contar a história do brigadeiro. Sei que ele já foi utilizado como instrumento de campanha eleitoral na década de 40 e que o seu nome é oriundo do então candidato à Presidência da República, o brigadeiro Eduardo Gomes. Ao que parece, tanto o nome como a receita são brasileiros típicos. Mardem Filho"

O brigadeiro do ar
Eduardo Gomes, fluminense, foi aviador, militar e político de direita.
Patrono da Força Aérea Brasileira e ministro da Aeronáutica por duas vezes, nos governos conservadores de Café Filho e Castelo Branco. Participou da insurreição dos 18 do Forte em 22 e da insurreição Paulista de 24. Foi preso quando se dirigia para integrar a Coluna Prestes. Participou das ações que viriam a derrubar Washington Luís, após o fracasso eleitoral da Aliança Liberal. Em 1935, lutou contra a Intentona Comunista. Tornou-se brigadeiro em 41. Candidatou-se às eleições presidenciais de 45 formando a reacionária UDN. Durante o período eleitoral, algumas senhoras da alta sociedade carioca distribuiam doces para apoiar sua campanha que passaram a ser conhecidos em todo Brasil pelo nome de sua patente, brigadeiros. As moças casadoiras recebiam o candidato cantando: "Brigadeiro, brigadeiro, brigadeiro; é bonito, é faceiro e é solteiro". Derrotado por Dutra, foi novamente candidato à presidência em 50 sendo derrotado por Getúlio. Em 1964, participou do golpe militar que depôs o presidente Jango e atrasou o Brasil por vinte anos. Felizmente ficou o doce, preferência nacional.

Os brigadeiros
1 copo de leite condensado;
3 colheres de chocolate em pó;
1 colher de manteiga;
chocolate granulado.

Misture com colher de pau os três primeiros ingredientes numa panela em fogo brando até desgrudar do fundo. Esfrie, passe manteiga nas mãos, enrole bolinhas e passe no chocolate granulado, sirva em forminhas de papel. Para incrementar o doce, coloque no começo da mistura uma colher de sopa rasa de café solúvel, fica uma delícia!

O leite condensado
(lata de 1937 a 1946)
3 partes de açúcar cristal
3 partes de leite em pó
1 parte de água quente

Bater por cinco minutos no liquidificador, deixar na geladeira por 24 horas antes de usar.

Até a próxima!
Chef Adriano Vasconcelos

8.5.10

Para Aprender e Gostar

Sabores do Mediterrâneo

Turquia, Israel, Grécia, Egito, Marrocos, Cataluña, Sicília e Córsega são os países visitados por mais uma viagem gastronômica que será promovida pelo Atelier de Artes culinárias Senza Parole.
Os diversos sabores e temperos da cozinha mediterrânea estão contemplados na apresentação dos belos pratos executados pelo Chef Adriano Vasconcelos na noite de 27 de maio na Escola de Gastronomia de Brasília.
Durante o curso, os alunos serão convidados a participar das várias etapas de preparação das receitas mediterrâneas e poderão conhecer novos sabores e culturas em um curso diferente que pode ser uma rica experiência de aprendizagem coletiva.
Sabor, muito sabor, história e música são os principais ingredientes do Curso Sabores do Mediterrâneo que será realizado na Escola de Gastronomia e faz parte da série de cursos de cozinha internacional promovida pelo atelier.

Serviço:
Investimento: R$ 80,00 e 1kg de alimento não perecível
Data: 27 de maio
Das 20 h às 23h
Local: Escola de Gastronomia de Brasilia, 201 Sul.
Inscrições: (61) 9675-8092
senzaparole@chef.net
http://paixaofogaoearte.blogspot.com

7.5.10

Mandalas Verdes

Produzir alimentos em grande escala de forma limpa para a terra, viável para o produtor e justa para o consumidor parece um ideal distante ou um conto de fadas. Felizmente, para os céticos que acreditaram que isso nunca iria acontecer já podem comprovar com seus próprios olhos que este é um sonho real e já está tendo sucesso. A agroecologia é uma ciência que desenvolve princípios, tecnologias verdes e metodologias para implantar sistemas de produção agropecuários de base ecológica. A agroecologia busca na interdisciplinaridade modos de otimizar a produção e diminuir os efeitos no meio ambiente. Personificando a ciência, a rede Mandalla de empreendimentos sustentáveis, instalada na Paraíba, baseia-se nos conceitos da agroecologia. O nome da rede vem da forma de plantação em forma de mandala, um círculo formado por diferentes culturas, a fim de aproveitar ao máximo o espaço, aumentando, assim, a produtividade. Esse sistema permite a inclusão de tecnologias verdes, como pesticidas naturais, irrigação controlada, controle de pragas podendo produzir alimentos orgânicos e seguros para o consumo.
A rede não só beneficia o meio ambiente, como também a comunidade. As tecnologias sociais Mandalla foram criadas para ajudar o camponês a aliar o seu conhecimento com o conhecimento cientifico. O projeto além de melhorar a economia local, por gerar muitos empregos nas várias etapas de produção da cadeia, melhorou também a qualidade de vida dos produtores e da comunidade em geral, pois as pessoas passaram a se alimentar de forma mais saudável, com a dieta variada e colorida, rica em fibras, minerais e vitaminas e pobre em insumos químicos. A inclusão do método Mandalla trouxe esperança, melhoramento e dignidade para os produtores. Existem vários de ascensão social e economia de produtores graças à implementação da Mandalla.
O projeto conta com vários parceiros como o SEBRAE, FIES e Ministério da Agricultura que ajudam a sustentar e atingir mais produtores. Para poder implementar as mandallas em outros lugares do Brasil, a rede criou a Uni Mandalla que oferece cursos de capacitação, pesquisa e desenvolvimento para difundir a filosofia Mandalla.
Para mais informações:

6.5.10

Pastéis de Pinhão

Essa semana estive de passagem pelo Rio Grande do Sul, o frio estava começando a se aconchegar e por conseqüência as comidas típicas e boas começam a se tornar mais freqüente à mesa das famílias nessa época do ano.O sul do país possui uma diversidade de pratos feitos com produtos que são quase exclusivos por lá, dentre esses produtos temos o pinhão.
No Brasil o pinhão designa as sementes das Araucárias, árvore de destacada importância cultura, econômica e ambiental da região sul. Há presença dessas árvores em alguns estados da região sudeste também.
O pinhão é uma semente que se forma dentro de uma pinha, nos meses de maio e junho as pinhas estouram ao sol do meio-dia possivelmente como reflexo da dilatação após a manhã fria. Com o estouro esses pinhões espalham-se num raio de aproximadamente 50 metros a partir da planta mãe. Porém, essa não é a única forma de disseminação do pinhão, durante muito tempo a gralha azul foi apontada como personagem principal na disseminação de sementes, isso porque durante o outono, quando as Araucárias frutificam, bandos de gralhas estocam os pinhões para deles se alimentar posteriormente, nesse processo as gralhas azuis encravam os pinhões no solo ou em troncos caídos no solo, já em processo de putrefação, locais próprios para a formação de novas árvores.
Sabe-se hoje que, esses animais não são os principais responsáveis, já que a maior parte da alimentação das gralhas azuis são insetos, e que na verdade são os pequenos roedores terrestres os principais vetores.


Embora no passado o pinhão tenha feito parte da alimentação freqüente dos índios Guarani, a coleta para o consumo humano não é recomendada e é até coibida em algumas épocas e locais. Isto porque os animais silvestres necessitam do pinhão como suplemento alimentar, para enfrentar o inverno. O grande consumo humano poderia portanto prejudicar a perpetuação dessas espécies animais, assim como da própria Araucária.
Por seu gosto característico, o pinhão é muito apreciado na culinária local das regiões onde ocorrem focos de Araucária. Em Santa Catarina o pinhão é talvez a comida mais típica do estado, sendo consumido assado ou cozido de diversas maneiras. Já no Paraná, cujo pinhão é símbolo do estado, o pinhão é usado em várias sobremesas, como doces de pinhão.
O pinhão e tornou um alimento tão apreciado e valorizado na região sul do país, que existem diversos festivais culinários que se realizam em cidades onde há a ocorrência da Araucária. O mais famoso deles acontece em Santa Catarina, todo mês de maio, a chamada Festa Nacional do Pinhão. A festa acontece na cidade de Lages, serra catarinense e atrai turistas de todo o Brasil. A festa é organizada pela prefeitura do município com o apoio do governo do estado e empresas que fazem publicidade durante a festa. São oferecidos pratos típicos todos feitos a base de pinhão. Os mais famosos são o Entrevero, a Paçoca de pinhão e os tradicionais pastéis de pinhão.


Pastéis de pinhão

Ingredientes

  • 1,5 de farinha de trigo
  • Azeite
  • 3 colheres de pinga
  • 200g de carne moída
  • 1,2 kg de pinhão cozido, descascado e moído
  • 70g de cebolinha picada
  • sal e pimenta a gosto
Massa
Misture a farinha de trigo, 1 colher (sopa) de azeite e a pinga. Deixe descansar.

Recheio
Refogue a carne moída e os pinhões.
Acrescente a cebolinha, o sal e a pimenta com duas colheres (sopa) de azeite.
Deixe esfriar.

Estique a massa, recheie e corte os pastéis.
Frite em óleo quente.

Bom apetite!

Chef Carol Graupner

4.5.10

Descobrindo os sabores do Brasil: Ora-pro-nobis!

A Pereskia aculeata, conhecida no Brasil pelo nome Ora-pro-nóbis, é uma cactácea que cresce em toda o continente americano. As folhas, suculentas e comestíveis, têm a forma de ponta de lança.

As folhas desidratadas contém 25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como cálcio, fósforo e ferro e muita fibra.
Fora do Brasil é chamada Barbados gooseberry ou Groseillier des Barbades.
A disseminação se faz por estaquia e o crescimento é rápido. Muito utilizado como cerca viva porque muito espinhoso, o Ora-pro-nóbis também é planta ornamental possuindo lindas flores brancas cuja florada infelizmente dura somente um dia.

O ora-pro-nobis e sua exuberante florada:

É muito importante não confundir com o falso ora-pro-nobis, a pereskia grandifolia. Não comestível, o falso ora-pro-novis diferencia-se apenas pela florada, que caracteríza-se por belas flores roseas:
Agora, o mais importante, o ora-pro-nóbis é delicioso e em Minas Gerais, onde é muito popular, são centenas as receitas que levam suas folhas.

Picadinho com Ora-pro-nóbis e Angu Lavado

Picadinho:
60 folhas de ora-pro-nobis;
100 ml de óleo;
4 dentes de alho;
1 cebola cortada em brunoise;
500 g de carne de patinho picada em cubos de 0,5 cm;
500 g de pernil de porco picado em cubos de 0,5 cm;
sal e pimenta do reino.

Angu:
6 espigas de milho verde;
400 ml de água.

Preparo do picadinho:
Lave bem as folhas do ora-pro-nóbis.
Corte de modo que fiquem bem finas.
Reserve.
Em uma panela, esquente o óleo, frite o alho e depois a cebola.
Acrescente a carne e o pernil picados.
Mexa bem com garfo de madeira para que não empelote.
Deixe o caldo das carnes secar.
Cubra com água, acerte o sal e a pimenta e cozinhe.
Enquanto isso, em uma frigideira, refogue rapidamente o ora-pro-nóbis com um fio de óleo. Misture com o picadinho, deixe cozinhar por mais cinco minutos ou até que o caldo seque um pouco.
Sirva com o angu lavado.

Praparo do angu:
Rale o milho usando um ralador bem fino.
Passe por uma peneira fina.
Use uma xícara de água para lavar o bagaço e aproveitar melhor o milho.
Passe novamente pela peneira.
Leve o caldo do milho ao fogo em uma panela de fundo grosso.
Mexa sem parar para não encaroçar.
Acrescente o restante da água aos poucos e cozinhe.
Quando o angu começar a soltar do fundo da panela, o prato está pronto.
Coloque em um recipiente umedecido e sirva em seguida.

Bom apetite e até a próxima!

Chef Adriano Vasconcelos

2.5.10

Empanadas Salteñas

El dia sobreviene y los semblantes pálidos de los reclutas, su fatiga e extenuación revelan todo lo que se ha aprendido en la noche. Al fin da descanso a su tropa, y lleva la generosidad hasta comprar empanadas y distribuir, a cada uno la suya, que se apresuran a comer, porque ésta es parte de la diversión. 
Domingo F. Sarmiento, Facundo

Las empanadas salteñas de carne al horno!
Relleno de carne clásico:
- carne de ternena, 1/2 Kg - se recomienda carnaza, roast-beef, bola de lomo, tortuguita o lomo
- grasa vacuna o porcina refinada, 200g
- cebollas de verdeo, 1/2 kg
- pimentón - 1 y 1/2 cucharada
- papas grandes hervidas y cortadas en cubitos, 2
- pasas de uva, 100g
- aceitunas picadas, 1 e 1/2 ducena
- huevos duros picados, 3
- sal
- ají molido
- pimienta

Masa para hornear:
- salmuera tibia
- harina común, 750g
- grasa tibia, 150g si consigue, se recomienda la grasa de pella

Aunque intentemos defenderlas a poncho y facón como auténtico plato criollo, las empanadas eran ya un baluarte de la cocina medieval española y, antes aún, de la árabe.
Reinan en las costumbres gastronómicas de casi toda Latinoamérica, y en la Argentina existe una variante por cada región o provincia. Sin embargo, su bastión es el Noroeste, donde se las prepara más jugosas y picantes. Cerca del ochenta por ciento de las recetas llevan carne, pero cuidado: la seguiente no es una fórmula del montón sino una combinación infalible.
Para el relleno la carne se corta "a cuchillo" en pedazos pequeños. Ponga música y ármese de paciencia, porque este es el truco de las empanadas jugosas (la carne picada a máquina se seca más rápido). Después hay que calentar la grasa (si se va a utilizar aceite, que sea de buena calidad, los aceites mezcla baratos se queman rápido), dorar la cebolla y añadir la carne. En cuanto cambie de color, retírela del fuego. Agregue las papas, los huevos duros, las aceitunas, las pasas y los condimentos.
Están los que prefieren cortar camino y hacerse de un paquetito de tapas de hojaldre, útiles para salir del paso pero un fracaso seguro si intenta imprimir una huella en la memoria de sus comensales. Para lograrlo es imprescindible amasar en casa. Trabaje la masa formada con la grasa, la harina y la salmuera hasta que esté blanda y luego déjela reposar cubierta por una tela limpia. El resto es cuento conocido: estirar la masa, cortar redondeles y repartir el relleno, a ser el repulgue, pintarlas con huevo y cocinar las empanadas en horno caliente hasta que se doren.
Recomienda la etiqueta comerlas con la mano, protegido de manchas y quemaduras por una servilleta. Antes de la primera mordida, los expertos sugieren agitar la empanada para distribuir el jugo en su interior. Acompañarlas con un buen vino tinto tipo Borgoña.

Fonte: Cocina Argentina: clásica y moderna. Buenos Aires: Emecé Editores, 2007.
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1.5.10

Para Aprender e Gostar

Brasilidade

Você já assiste a TV Câmara? Além da cobertura das sessões dos deputados, há uma programação de 24 horas de muita cultura. Programas jornalísticos, artísticos, culturais de alta qualidade, transmitidos para a tv a cabo e para a tv aberta. Para sintonizar a TV Câmara consulte http://www.camara.gov.br/internet/TVcamara/default.asp?selecao=SINTONIZANDO
Entre os programas está o Brasilidade: "Interprograma de 5 minutos que discute de forma leve e informativa temas que dizem respeito à nossa identidade cultural: arte, gastronomia, dança, festas, manifestações populares e personalidades".
Programa Brasilidade - TV CâmaraÉ possível assistir o programa tanto na TV Câmara quanto na internet. Os programas que já foram gravados e estão disponíveis para download são os seguintes:
Carnaval
Cândido Portinari
Erva-mate
Grafite
em breve
Moqueca
O endereço da TV Câmara é http://www.tv.camara.gov.br
Aproveite e prestigie. É brasileira, é pública, é de graça, é nossa, é TV Câmara!